Ser de carne e osso
Tantos defeitos e tão desastroso
Quantas manias, fraquezas...
Ser de tantos pecados,
De arrependimentos e atos impensados.
Sendo assim me conforto!
Como é bom saber que não sou a única que erro.
Ser de uma delinqüência infantil,
De um entusiasmo juvenil
E de um fogo adolescente.
Ser de carne e osso
Que me pega de jeito e desliza no meu corpo,
Que me puxa pelos cabelos e me transborda de prazer.
Como te amo, ser de carne e osso
Por ser assim, como eu! Alguns defeitos, muitas duvidas
E banhado de uma deliciosa insensatez.
Ser de carne e osso, nada de divino. Puramente mortal,
só de carne e osso.
Deborah Cocchiarale