sábado, 18 de outubro de 2008

"...Nada tenho a ver com explosões". Diz um verso de Sylvia Plath. Tampouco tenho a ver com o espaço sideral, com galáxias ou mesmo com as estrelas. Preciso estar firmemente pousada sobre algo-ou alguém. Abraços me seguram. E eu me agarro.Tenho medo da falta de gravidade: solta demais me perco,não vôo senão em sonhos. Nao tenho nada a ver com igrejas, rezas e penitencias. Nada tenho a ver com nao gostar de mim. Me aceito impura, me gosto com pecados, e ha muito me perdoei. Nada tenho a ver com galáxia, mato, boate,a vida dos outros ,os comercias de tv e igrejas. Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que ja nem lembro, a perguntas sem respostas,a respostas que nao me servem, à constante perseguiçao do que ainda nao sei. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo,mas me sinto. Minto, tudo tenho a ver com explosões. ( Martha Medeiros)

Nenhum comentário: